Bitcoin: o básico que você precisa saber para começar a investir

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Bitcoin: o básico que você precisa saber para começar a investir

O Bitcoin, assim como as criptomoedas em geral, representa uma forma de diversificação e proteção do seu dinheiro.

E é por isso que se ouve falar tanto em Bitcoin, criptomoedas e blockchain atualmente.

Seja você um investidor ou não, aposto com você que já ouviu falar nestes termos, ou estou errado?

Pois é, e não é para menos.

Por ser uma criptomoeda que valorizou muito mais que o real, o dólar e até o euro, ela chamou muito a atenção nos últimos anos.

Outro fator que contribui para sua popularidade é a quantidade de pessoas ganhando dinheiro com o Bitcoin de diversas formas.

Seja realizando “trade”, ou seja, comprando e vendendo a criptomoeda, na sua utilização como forma de pagamento, ou em sua mineração, o Bitcoin foi responsável pelo nascimento de muitos “novos ricos” mundo afora.

Mas se você, como muitas pessoas, ainda não faz ideia de como ganhar dinheiro com Bitcoin, não se preocupe.

O material que encontrará neste artigo dará a você o conhecimento fundamental sobre como funciona o Bitcoin.

E mais. Você aprenderá como começar a investir, se é seguro, seu valor atual, enfim, todos os conceitos em torno da criptomoeda mais negociada do mundo.

Confira!

Afinal de contas, o que é o Bitcoin?

O Bitcoin é uma moeda digital descentralizada.

Diferente de outras moedas, o Bitcoin não é regulado por nenhum banco do mundo.

Para exemplificar, temos no Brasil o Banco Central como regulador e supervisor do Sistema Financeiro Nacional, que torna possível a circulação e utilização do real como moeda.

Apesar disso, o Bacen (Banco Central) não tem nenhum poder sobre o Bitcoin. Por isso, não influencia em sua valorização ou desvalorização, nem a capacidade de emitir mais dessa moeda.

Isso torna o Bitcoin uma moeda universal, capaz de circular em todos os países do mundo sem a moderação ou intervenção de qualquer governo.

Outra característica do Bitcoin, ou de qualquer criptomoeda, é o fato de não existirem fisicamente.

Sua emissão, ou mineração, como é conhecido esse processo, se dá através de computadores muito potentes, funcionando em várias partes do mundo.

O fato de o Bitcoin passar por uma migração para o mercado financeiro em 2017 fez com que muitos investidores passassem a se interessar nas criptomoedas de uma forma geral.

O primeiro contato com o mercado financeiro se deu quando o mercado futuro da Bolsa de Chicago passou a oferecer o Bitcoin.

A aquisição do Bitcoin se dá, basicamente, de duas formas: através da mineração ou da compra de alguém que possui a criptomoeda já minerada.

Porém, hoje já é possível comprar criptomoedas através de corretoras especializadas.

Outro fato curioso: você sabia que só serão emitidos 21 milhões de unidades de Bitcoin?

Pois é, e esse número se aproxima a cada dia…

Estima-se que a mineração do último Bitcoin ocorrerá em 2140, e não se imagina ainda o que acontecerá com o seu valor a partir de então.

A ideia de limitar o número de unidades tem como objetivo controlar o processo inflacionário gerado pela mineração.

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Quem criou o Bitcoin?

Imagem: Pexels

A origem do Bitcoin é um assunto que gera bastante interesse, especulações e mexe com o imaginário de muita gente.

No ano de 2008, o BTC é apresentado oficialmente em um fórum de discussão sobre criptomoedas, o The Cryptography Mailing.

A publicação é feita por alguém sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto, que até hoje não se sabe se se trata de um programador ou de um grupo de programadores.

Isso porque, até hoje, não foi encontrada qualquer informação confiável que ligue alguma pessoa chamada Satoshi Nakamoto à criação do Bitcoin.

Inclusive, o dono do pseudônimo, que era membro ativo do fórum Bitcoin Talk, desapareceu completamente do grupo.

Após a criação da maior parte do protocolo do sistema Bitcoin, Satoshi declarou que estava “partindo para novas coisas”, segundo a publicação de 2011 de Joshua Davis, da revista New Yorker.

Desde a oficialização do BTC, que ocorreu em 2009, seus “centavos” levam o nomo do criador da criptomoeda.

Sendo assim, um centésimo de milionésimo de Bitcoin, ou seja 0,00000001 BTC é chamado de 1 Satoshi.

Ou seja, cem milhões de Satoshis equivalem a 1 Bitcoin.

Ok, mas como o Bitcoin funciona?

Agora que você já conheceu o histórico do Bitcoin, está na hora de saber como ele funciona na prática.

Isso porque, apesar de ser uma moeda, ele funciona de forma diferente do mercado tradicional.

Na maioria das vezes, quem compra Bitcoin, adquire o ativo com a intenção de vendê-lo no futuro com lucro, ou obter remuneração através de sua valorização com o tempo.

Isso difere um pouco do mercado cambial tradicional, onde se opera observando principalmente a variação das cotações das moedas em questão.

Alguém que, por exemplo, adquire 50 dólares a 250 reais na esperança de que 1 dólar passe a valer 5,50, pode vender o montante quando este alcançar o valor desejado, obtendo um lucro de 25 reais na operação.

Apesar do fato de o dono de um Bitcoin poder fazer a mesma coisa, o fato é que não há nenhuma regulação do estado, bancos ou qualquer instituição.

O dono do Bitcoin pode vendê-lo inteiro ou em frações sem a obrigatoriedade de pagar qualquer taxa ou utilizar algum intermediário.

Por meio de um sistema de dados chamado blockchain, todas as movimentações de Bitcoins são publicadas quase que instantaneamente.

De forma resumida, o Bitcoin funciona com seus usuários realizando compras e vendas da criptomoeda sem qualquer intermediação, fazendo tudo pela internet.

Porém, antes que sejam comercializadas, as moedas precisam ser mineradas.

A mineração, nada mais é que o processo de extração do Bitcoin, ou de qualquer criptomoeda, e que é realizado pelos próprios usuários.

O processo consiste na disposição de seus computadores para a resolução de operações complexas. O usuário dono da máquina capaz de resolver as operações em menos tempo é remunerado com parte do Bitcoin minerado.

Os Bitcoins minerados podem ser mantidos em carteiras digitais ou transacionadas. Porém, é necessário que o usuário tenha bastante conhecimento para realizar transações diretas, por envolverem um grau de risco maior.

E como ocorre na maioria dos investimentos, quanto maior o risco, maior o retorno.

Transações diretas costumam ser mais lucrativas, pois elimina-se intermediários como corretoras, que cobram taxas pelas operações.

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O que é a Blockchain?

Imagem: Pexels

A blockchain, ou “corrente de blocos”, ou mesmo “cadeia de blocos”, em tradução livre é o sistema que possibilita a existência do Bitcoin.

Nela, são registradas todas as operações realizadas em Bitcoin de forma inalterável.

Inspirada nos livros-razão da área contábil, a blockchain permite que todas as atividades realizadas no sistema sejam armazenadas permanentemente.

Cada informação registrada na blockchain possui um hash exclusivo, ou seja, um código matemático único. Por sua vez, cada hash se interliga a outro hash, seguindo uma ordem cronológica.

É assim, seguindo a sequência cronológica em que cada bloco foi criado, de forma permanente e interligada é que se forma a cadeia de blocos.

E por que saber sobre a blockchain é importante?

Pelo simples fato de o Bitcoin ser operado em uma blockchain. Com isso, toda vez que é realizada uma atividade utilizando-se o Bitcoin, ocorre seu registro, em um ambiente que todos os usuários podem acessar.

Todas as atividades realizadas pelos mineradores também ficam registradas na blockchain permanentemente.

Com isso, a blockchain é um sistema que traz a segurança e a transparência necessárias para que o Bitcoin possa existir.

Qual é a cotação atual do Bitcoin?

Imagem: Pexels

O Bitcoin, assim como as demais criptomoedas, é bastante volátil.

Por isso, se você pretende investir em Bitcoin, é bom que acompanhe a sua cotação com frequência.

Para sua comodidade, deixo o link aqui para que você confira a cotação atual do Bitcoin.

Só para você ter uma ideia da variação histórica do Bitcoin, no ano de 2010 a moeda digital valia US$ 0,39, subindo para US$ 3,14 em 2011, e alcançando incríveis US$ 1.120 em 2013.

A primeira grande queda do Bitcoin ocorre em 2013, quando passa a valer US$ 300, voltando a valorizar até 2017, quando chega a US$ 20.000, sua maior cotação até então.

Até que, em 2018, cai para US$ 3.742, voltando a se recuperar, e atingindo sua alta histórica em 2021, chegando a valer mais de US$ 380.000.

Como você pode ver, a volatilidade do Bitcoin é muito alta. Isso é algo que você precisa estar preparado para que possa ter sucesso como investidor, não só em Bitcoin, como em qualquer outra criptomoeda.

Quais são as vantagens em investir no Bitcoin?

Agora que você já sabe que o Bitcoin é a primeira criptomoeda descentralizada, é hora de entender o porquê de ele ser uma opção de investimentos que vale a pena.

Isso porque não adianta fazer um investimento apenas baseado no que todos têm dito sobre ele, certo?

Uma das razões para se investir em Bitcoin é a sua valorização desde o seu lançamento.

No início, a criptomoeda era negociada em grande volume, porém, majoritariamente para usos obscuros.

Imagine só, você ter adquirido um Bitcoin por 12 dólares em 2012 e ver ele subir para 1.120 dólares no ano seguinte?

Apesar de, atualmente, a moeda digital estar valendo pouco mais de 90 mil dólares, é importante lembrar que ela já passou por quedas anteriores, e sempre voltou a se valorizar, chegando a valer mais de 380 mil dólares.

Outra coisa bastante interessante do Bitcoin é que ele foi projetado para não gerar inflação e, consequentemente, perda de valor.

A política de mineração elaborada por Satoshi Nakamoto limita o valor máximo de Bitcoin em circulação. Isso significa que o número de Bitcoins a serem minerados é limitado.

Sem essa autorregulação, sua mineração seria ilimitada, fazendo com que seu valor de mercado caísse.

Da forma que sua mineração foi projetada, seu valor de mercado está protegido da corrosão, mantendo seu valor por muito mais tempo.

É claro que ainda existem muitas incertezas sobre o mercado de criptomoedas como um todo. Porém, só esses dois benefícios apresentados já as tornam uma opção de investimento atraente.

E não são apenas essas as vantagens de se investir em Bitcoins. Podemos ainda mencionar:

  • O anonimato em suas transações;
  • Grande possibilidade de fracionamento da moeda;
  • Liberdade de mercado;
  • Impossibilidade de falsificação.

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É seguro investir em Bitcoin?

Imagem: Pexels

É importante que você saiba que o investimento em qualquer criptomoeda, incluindo o Bitcoin, envolve riscos.

Porém, ele pode ser controlado através do nível de exposição na moeda digital que você submete sua carteira de investimentos.

Além disso, o Bitcoin possui características específicas relacionadas à segurança.

Por isso, é importante que você entenda não só o que é e como funciona o Bitcoin, mas quais são seus mecanismos de segurança.

A primeira coisa que você precisa ter em mente é que, por se tratar de uma moeda descentralizada, ela não é regulada por qualquer entidade.

E o fato de ele existir sem nenhuma regulação causa preocupação em vários economistas e investidores experientes.

Isso deve ser considerado um risco pois, caso o sistema sofresse uma pane, você não teria a quem recorrer ou responsabilizar.

Além disso, as criptomoedas, de uma forma geral, são suscetíveis a ataques de hackers, erros nos servidores, e até mesmo ao seu uso em esquemas de pirâmide.

Como nenhum sistema online está totalmente protegido de crimes cibernéticos, esse é um risco que deve ser avaliado com bastante atenção.

Especialistas em mercado também mencionam o risco de uma bolha econômica.

Eles acreditam que sua valorização não possui nenhum lastro, não havendo algum fundamento confiável que explique sua valorização.

Por isso, a moeda virtual estaria sujeita ao risco de uma ruptura, ocasionando uma desvalorização.

Agora, uma grande vantagem que o Bitcoin apresenta relacionado à segurança é a criptografia.

Ela garante que todas as operações envolvendo a criptomoeda sejam registradas de forma definitiva, através de processos complexos ocorridos no blockchain.

Como funciona o investimento em Bitcoin?

Com todas essas explicações em torno do Bitcoin, você pode estar se perguntando como investir na prática.

Apesar de já ser aceita como forma de pagamento em vários estabelecimentos, seu forte ainda são as transações online.

Basicamente, você pode adquirir Bitcoins através da:

  • Compra através de corretoras especializadas em criptomoedas;
  • Prêmios oferecidos por aplicativos;
  • Através da mineração;
  • Pela compra direta de Bitcoins já minerados.

A mineração é como se fosse a “emissão” da moeda digital.

Para minerar Bitcoins, você precisa de um computador que, além de muito potente, use softwares específicos para a função.

Esses computadores costumam ser bem caros. Além disso, é necessário pôr na balança o gasto com energia, que costuma ser muito alto na atividade de mineração.

Já a compra e venda de criptomoedas funciona de forma um pouco diferente de como ocorre como moedas físicas.

Quando você quer comprar dólar, por exemplo, você se dirige a uma casa de câmbio e realiza a compra.

Porém, o processo com criptomoedas se dá de forma um pouco mais complexa.

Como você já viu, o sistema não é regulado por nenhuma instituição. Porém, a transação é validada pelo próprio sistema blockchain.

Com isso, apesar de serem feitas de maneira anônima, tanto pelo comprador pelo vendedor, as operações ficam registradas de maneira pública, acessível para todos os usuários do sistema.

A terceira forma, mais prática e rápida de todas, é por meio de corretoras especializadas.

Em plataformas como a Binance, por exemplo, você faz a compra de qualquer criptomoeda com apenas alguns cliques.

Basta realizar um cadastro, fazer a confirmação de dados e a transferência do dinheiro para a plataforma, e pronto.

O único ponto negativo desta modalidade é a ocorrência de taxas e tarifas, o que não acontece nas outras formas.

A última forma seria por meio de aplicativos, que pagam prêmios em Bitcoin a seus usuários.

Geralmente, trata-se de jogos, e os ganhos são irrisórios, muitas vezes não valendo o tempo dedicado à atividade.

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Qual é o valor mínimo para investir?

O fato de o Bitcoin ser uma moeda descentralizada faz com que não existam regras específicas, tanto para sua aquisição quanto relacionados a uma quantidade mínima de compra.

Apesar disso, algumas corretoras podem possuir regras quanto ao valor máximo mensal movimentado dentro da plataforma.

Porém, na compra e venda entre pessoas, não existe um teto.

Por isso, na hora de escolher sua corretora, verifique se há uma quantidade mínima ou máxima de dinheiro necessário para que você comece a investir em Bitcoins.

Como comprar e vender Bitcoin?

Agora que você já tem as informações mais importantes envolvendo o Bitcoin, é hora de saber como investir na prática.

Você pode comprar Bitcoin, basicamente, de duas formas.

A primeira é através da compra direta no sistema Bitcoin. Para isso, basta se cadastrar no sistema.

Feito o cadastro, você irá receber um endereço na rede, que é único, e formado por uma série de 34 números e letras.

Com isso, toda vez que você adquirir novas moedas, é para esse endereço que elas serão enviadas.

Uma vantagem dessa forma de investir é que você não precisará pagar nenhuma taxa ou tarifa, além de poder manter o anonimato do seu endereço.

A segunda forma é investir através das corretoras e instituições especializadas em criptomoedas.

Ao se cadastrar em uma instituição como essa, você terá acesso a uma carteira virtual, e a plataforma fica encarregada de cuidar das operações mais técnicas que dizem respeito a compra e venda de seus Bitcoins.

Apesar de ser uma maneira considerada mais segura para investir em Bitcoins, você precisará pagar taxas.

Quais as taxas vinculadas ao Bitcoin?

Da mesma forma que não é exigido um valor inicial mínimo para se investir em Bitcoin, compras e vendas feitas diretamente na blockchain não exigem o pagamento de nenhum tipo de taxa.

Porém, ao optar por uma corretora, precisará pagar taxas referentes ao armazenamento, transações, retiradas, entre outros serviços.

O Bitcoin possui alguma regulação?

Imagem: Pexels

Como o Bitcoin surgiu de forma descentralizada, é uma moeda que não possui regulação de nenhum agente externo, incluindo governos.

Porém, no Brasil, é possível que este cenário mude em breve.

No ano de 2022, o Senado aprovou a regulamentação do mercado de criptomoedas no Brasil.

Isso significa que, se o projeto for para frente, corretoras e outras instituições que operam criptomoedas no Brasil precisarão seguir algumas normas que, na prática, descaracterizam o propósito inicial da criação das moedas digitais.

Com isso, é interessante que você fique de olho no comportamento dos governos de outros países com relação a regulação do Bitcoin.

Onde guardar meus Bitcoins?

Caso você faça a compra diretamente no sistema, é necessário que você tenha onde guardar suas criptomoedas.

Para isso, você tem duas opções: armazenar em carteiras virtuais ou fazer o armazenamento físico.

Você pode ainda contratar uma empresa especializada na impressão dos Bitcoins. Porém, essa não é uma opção comum, nem considerada das mais seguras.

A alternativa mais popular é a adoção das carteiras virtuais, onde o usuário faz a própria gestão de suas moedas.

Existem vários tipos de carteiras, que variam de acordo com sua forma de armazenamento. São elas:

  • Carteiras via desktop;
  • Carteiras web;
  • Carteiras de hardware;
  • Carteiras via mobile;
  • Carteiras quentes; e
  • Carteiras frias.

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Como funciona uma carteira de Bitcoin?

Até aqui, você já viu que o BTC é uma moeda digital, e por isso, não existe fisicamente. E que, apesar de existirem empresas que realizam a sua impressão, esses documentos não são a criptomoeda em si.

Com isso, é necessário que você conte com uma carteira segura, ou seja, capaz de manter seus Bitcoins livres de ataques de invasores.

A seguir, você conhecerá um pouco melhor as “wallets” e seus diferentes modelos.

Quais são os tipos de carteiras de Bitcoin?

Uma coisa que você precisa ter em mente é que tudo que envolve o Bitcoin é repleto de possibilidades. Então, com a questão do seu armazenamento, não poderia ser diferente.

Existem várias formas de armazenar e negociar as moedas digitais, o que inclui opções online e offline, cada uma delas possuindo características próprias, que devem ser avaliadas na hora de decidir entre uma delas.

A seguir, você irá conhecer um pouco mais sobre as chamadas Hot Wallets, que são modelos mobile e para desktop, e as Cold Wallets, em formato paper e hardware.

Além disso, conhecerá um pouco melhor as exchanges.

Hot Wallets

As chamadas Hot Wallets, ou “carteiras quentes”, são espaços digitais dedicados ao armazenamento das chaves de criptomoedas.

Por ser acessada por meio da web, esse tipo de carteira pode ser logada a partir de qualquer dispositivo com acesso a internet, a qualquer momento.

Em resumo, são divididas em carteiras mobile e carteiras desktop, e se caracterizam pela possibilidade de acesso por meio da internet.

Apesar da facilidade que traz ao usuário, esse tipo de carteira apresenta um ponto fraco: são mais expostas ao ataque de hackers.

Por isso, seus usuários devem ter atenção redobrada.

Dentre as opções mais conhecidas de carteiras quentes, podemos destacar a Núcleo de Bitcoin, a Electrum e a Êxodo.

Para utilizá-las, você pode optar por baixá-las em seu computador ou smartphone, ou usá-las diretamente em suas plataformas web.

As Mobile Wallets

As Mobile Wallets são aquelas desenvolvidas para serem utilizadas por meio de um smartphone, o que facilita bastante sua utilização.

Mas para que isso ocorra de forma segura, é importante que você mantenha as configurações de segurança do aparelho sempre atualizadas.

Além disso, é importante que sejam realizados backups constantemente, a fim de evitar problemas no armazenamento de suas Bitcoins.

É possível encontrar uma série de opções para aparelhos que utilizam o sistema operacional iOS, Android ou ambos. Bitcoin Wallet, Samourai Wallet e BDR são algumas das alternativas que você irá encontrar.

As Desktop Wallets

Seguindo o mesmo propósito das Mobile Wallets, as Desktop Wallets são carteiras de BTC, porém, desenvolvidas para serem utilizadas por meio de computadores e desktops.

Essas carteiras são feitas para rodarem nos sistemas operacionais Linux, Windows, Mac ou similares, e possuem maior velocidade no carregamento de informações.

Isso se deve ao fato de os gráficos necessários para a realização das operações serem carregados diretamente no software, ou seja, sem a necessidade do carregamento via web.

Jaxx, Mist e Bitcoin Core são alguns exemplos de Desktop Wallets famosas.

Cold Wallets

Ao contrário das Hot Wallets, as Cold Wallets não são conectadas a internet. Trata-se de dispositivos físicos desenvolvidos para o armazenamento das chaves de criptomoedas.

Portanto, todo dispositivo feito para guardar criptomoedas sem utilizar a internet para isso, é considerada uma Cold Wallet.

Porém, elas não descartam totalmente a utilização da internet. Quando novas transações são feitas, essas carteiras precisam ser conectadas a web.

As Cold Wallets são consideradas mais seguras pelo fato de estarem, na maior parte do tempo, offline.

Em contrapartida, pelo mesmo motivo, são consideradas menos práticas que as Hot Wallets.

Existem diferentes formas de Cold Wallets, como Bitcoins físicos, Paper Wallets, Hardware Wallets, ou mesmo um computador secundário destinado somente ao armazenamento de Bitcoins.

As Hardware Wallets

Uma Hardware Wallet é qualquer dispositivo físico que armazene chaves de criptomoedas.

Porém, os modelos mais comuns de Hardware Wallets são HDs externos ou pen-drives, as USB wallets.

Para que possam armazenar e transacionar moedas digitais, as Cold Wallets necessitam de aparelhos conectados a internet.

Os modelos mais populares deste tipo de carteira são: KeepKey, Trezor e Ledger Nano S.

As Paper Wallets

As Paper Wallets são impressões físicas, em papel, de chaves públicas e privadas de criptomoedas.

Porém, da mesma forma que acontece com as Hardware Wallets, é necessária a utilização de meios digitais para a realização de transações.

Apesar de serem uma possibilidade de armazenamento, as Paper Wallets não são muito populares, devido a sua vulnerabilidade.

Isso porque documentos de papel estão mais sujeitos a danos físicos e perda.

Exchanges ou Wallets?

Agora que vimos como funcionam as Wallets, é hora de conhecer um pouco mais sobre as exchanges.

Se fossemos definir as exchanges de forma bem resumida, diríamos que se trata de casas de câmbio de moedas digitais.

Por meio delas, pessoas que possuem criptomoedas e desejam trocar por outro tipo de moeda, digital ou fiduciária, realizam suas transações.

Portanto, a diferença é que as Wallets servem para armazenar moedas digitais, enquanto as exchanges, além de cumprirem esta função, são espaços que possibilitam sua troca.

Com isso, a escolha entre adotar carteiras digitais ou exchanges deixa muitos investidores em dúvida.

Isso porque, apesar das exchanges oferecerem praticidade ao investidor, ao adotá-las, o investidor precisa deixar suas moedas digitais sob a custódia de terceiros.

Além disso, o fato de não haver qualquer regulação sobre este deixa o investidor desprotegido.

Apesar disso, muitas exchanges sérias oferecem sistemas de segurança sólidos, protegendo suas moedas digitais de ataques.

O oposto acontece com as Wallets. Ao optar por utilizá-las, você tem uma vulnerabilidade maior, mas as moedas ficam com você.

Então, trata-se de uma escolha importante, que deve ser feita com calma.

A exchange de maior destaque no mercado é a Binance. Nela, o investidor encontra várias oportunidades de adquirir Bitcoin recebendo cashback. Cadastre-se na Binance clicando aqui.

Leia Também: Você sabia que empresar dinheiro para empresas pode ser uma forma de investimento?

O que é a mineração de Bitcoin e como fazer?

Imagem: Pexels

Não é apenas por meio da compra que é possível adquirir Bitcoins. Essas moedas digitais podem ser mineradas.

E essa é mais uma das características que a torna tão diferente do sistema monetário tradicional.

No sistema monetário, é necessário que a emissão e impressão da moeda seja feita por um órgão específico. No caso do Brasil, a Casa da Moeda é o órgão responsável por imprimir cédulas e cunhar moedas de Real.

Além da impressão, esses órgãos também são responsáveis pela distribuição e pelo recolhimento do dinheiro em circulação.

Já nas criptomoedas, para que sejam disponibilizadas novas moedas digitais, é necessária a realização de um processo chamado mineração.

O termo mineração remete a extração do ouro, tornando os mineradores de Bitcoin verdadeiros caçadores de tesouro.

A mineração de uma moeda virtual acontece por meio da utilização de supercomputadores, que possuem softwares específicos para a tarefa.

É como se as moedas virtuais estivessem “escondidas” no sistema Bitcoin, podendo ser encontradas através da resolução de problemas matemáticos complexos.

O fato que torna isso tudo mais parecido com uma corrida do ouro é que os mineradores competem entre si, para ver quem consegue resolver primeiro os problemas, o que os dá direito a parte do valor encontrado.

Ou seja, quando um minerador consegue resolver um dos problemas, um novo bloco de Bitcoin é minerado e lançado no sistema, dando ao minerador o direito a uma parte dessa moeda.

No início, cada bloco lançado possuía 50 Bitcoins.

Porém, desde 2012, esse número vem sendo reduzido, o que é parte de uma estratégia de contenção inflacionária.

Nessa estratégia, a cada 4 anos, a quantidade de Bitcoins por bloco vem sendo diminuída.

No momento em que este artigo está sendo escrito (2022), cada bloco surge com 6,25 BTC.

E não é só isso. Mais de 90% dos Bitcoins totais do sistema já foram minerados. Esse número corresponde a quase 19 milhões de moedas.

Apesar disso, estima-se que o último Bitcoin seja minerado em 2140, alcançando o total de 21 milhões de moedas.

Como aprender mais sobre o Bitcoin?

Imagem: Pexels

Apesar de já estar em circulação há 12 anos, o Bitcoin ainda é algo considerado como algo novo da economia.

Com isso, a maioria das pessoas ainda possuem muitas dúvidas sobre o funcionamento da moeda, além de um certo receio em adotá-la.

E não é para menos. As criptomoedas apresentam uma volatilidade bem alta, exigindo que o investidor esteja em constante aprendizado.

Por isso, caso você esteja pensando em começar a investir em Bitcoin, é recomendável que comece investindo em conhecimento.

Uma boa forma de aprender sobre o Bitcoin do zero é através do Projeto Bitcoin 50.

Voltado para pessoas de todos os níveis de conhecimento, o Projeto Bitcoins 50 possui aulas bastante didáticas, e conta com uma comunidade de alunos, que trocam informações sobre moedas digitais diariamente.

Conheça o Projeto Bitcoin 50 clicando aqui.

Leia Também: Antecipação de recebíveis: entenda como funciona

Perguntas frequentes sobre o Bitcoin

Se você chegou até aqui, já deve estar craque sobre o que é e como funciona o Bitcoin, certo?

De qualquer forma, vale destacar algumas dúvidas frequentes, respondendo-as de forma resumida. Vamos lá!

Como funciona o Bitcoin?

O Bitcoin é uma criptomoeda, obtida por meio de cálculos matemáticos bastante complexos. Ele funciona em uma rede muito segura, chamada blockchain, que registra todas as suas transações de maneira permanente.

Isso traz transparência nas suas negociações, e uma descentralização que gera liberdade aos interessados em transacionar a moeda digital.

Qual é o melhor tipo de carteira de Bitcoin?

Existem, basicamente, dois tipos de carteira de Bitcoin, as Cold Wallets e as Hot Wallets.

Cada tipo possui algumas variações, mas a diferença básica entre as duas é que as Cold Wallets funcionam offline, e as Hot Wallets, online.

Porém, é difícil dizer qual delas é a melhor. Na verdade, a variedade de carteiras se dá pelo fato de usuários possuírem necessidades diferentes.

Ou seja, a melhor carteira é aquela que atende às suas necessidades especificamente.

Em quanto tempo é feito um novo Bitcoin?

A mineração de um novo Bitcoin leva cerca de 10 minutos.

Ela é realizada por grupos de mineradores, que resolvem os problemas matemáticos do sistema de forma simultânea, e dividem os Bitcoins minerados entre si.

Investir em Bitcoin vale mesmo a pena?

Apesar do alto risco envolvido, devido a alta volatilidade da moeda, investidores especializados em criptomoedas vêm atingindo resultados expressivos.

Porém, é necessário que você possua um perfil de investidor mais tolerante a riscos, além de estar sempre estudando.

Outra coisa é muito importante é começar aportando valores baixos, que não farão falta para você, e ir aumentando conforme seu nível de conhecimento evolui.

Conclusão

O Bitcoin é um ativo digital que vem se tornando cada vez mais popular entre investidores de todos os níveis.

Com o potencial de revolucionar o mercado monetário, a criptomoeda gera interesse até mesmo nos investidores mais céticos.

Sua autoprogramação para ser escasso, ausência de regulação e a forma como é produzida são fatores que prometem abalar a forma como o mercado funciona.

Então, com tudo isso, de uma coisa você pode ter certeza. Adotando o Bitcoin ou não, acreditando em seu potencial ou não, ele veio para ficar.

Por isso, minha dica é: aprenda o máximo que puder sobre o Bitcoin agora, e chegue na frente!

Aproveite para explorar o blog e aprender mais sobre investimentos alternativos.

Um abraço e bons investimentos!

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