Os ativos alternativos vêm se popularizando devido a mudança de comportamento do investidor comum, somada a novas tendências do mercado financeiro, e a adaptação das leis que regem a atividade.
Com isso, nos últimos anos, houve um crescimento na procura por essa classe de investimentos, principalmente durante a pandemia e após a queda da Bolsa de Valores.
Em busca de maior proteção e rentabilidade, investidores passaram a se interessar cada vez mais por formas menos tradicionais de alocar seu dinheiro.
Para que você fique por dentro de como funcionam os ativos alternativos, preparei este artigo, onde você encontrará muita informação sobre essa classe de ativos. Confira!
O que são os ativos alternativos?
Provavelmente, você já deve saber quais são os ativos tradicionais. Muito mais familiares ao investidor brasileiro, os investimentos tradicionais são aqueles comumente oferecidos pelos grandes bancos e corretoras.
Divididos em ativos de renda fixa e renda variável, fazem parte desta classe os:
- CDBs;
- Tesouro Direto;
- CRIs, CRAs, LCIs e LCAs;
- Ações;
- Fundos Imobiliários;
- Fundos Multimercado, entre outros.
Com isso, tudo o que não se enquadra como ativo tradicional pode ser considerado um ativo alternativo.
Atuando fora do mercado tradicional de investimentos, esses ativos se destacam por oferecerem uma boa relação risco-retorno.
Apesar de já existirem no mercado há muito tempo, sua popularização é recente. Isso se deu pelo fato de muitos deles terem se tornado mais acessíveis a investidores pessoa física.
Com a quebra de barreiras ao investidor comum, o interesse pelos ativos alternativos vem aumentando de forma crescente.
E uma coisa interessante é que essa classe de ativos vem sendo procurada tanto por investidores experientes quanto por quem ainda está dando seus primeiros passos no mundo dos investimentos.
Quais são os tipos de ativos alternativos disponíveis no mercado
Atualmente, temos vários produtos pertencentes a esta classe de ativos sendo oferecidos, principalmente, por plataformas de investimentos alternativos.
Os mais comuns são:
- Crowdfundings que financiam projetos nos setores de energia, agronegócio, imobiliário, negócios entre outros;
- Venture Capital;
- Empréstimos Peer-to-Peer;
- Criptomoedas;
- Colecionáveis;
- Obras de arte;
- Debêntures;
- Recebíveis;
- Ativos judiciais, e muitos outros.
Algumas características dos ativos alternativos
Por possuírem regulação específica, os ativos alternativos são oferecidos por plataformas especializadas, que seguem as regras impostas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
E é por isso que não são listados em bolsa de valores, que segue regras distintas.
De forma geral, os ativos alternativos costumam oferecer maior rentabilidade com uma volatilidade menor que a encontrada na bolsa de valores.
Porém, como nem tudo são flores, não possuem muita liquidez, em sua maioria. Apesar disso, muitas plataformas conseguem contornar este problema ao permitir que o investidor negocie seus ativos com outras pessoas interessadas.
Com isso, caso surja alguma urgência, você pode repassar seu ativo para alguém interessado, e ficar com o lucro obtido referente ao período em que o ativo foi seu.
Utilizar os ativos alternativos como forma de diversificar a carteira é uma excelente estratégia. Mas para isso, é preciso que você conheça bem seu perfil de investidor.
Isso porque, de nada adiante escolher bons ativos se eles não estão adequados ao grau de risco que você está disposto a aceitar.
Um pouco mais sobre os ativos alternativos mais comuns no mercado
Como dito anteriormente, os ativos alternativos são, comumente, oferecidos em plataformas de investimentos. Essas plataformas podem se concentrar em apenas um tipo de ativo, ou em vários.
Vejamos um pouco mais sobre os ativos mais comuns no mercado:
Recebíveis
Originados a partir da compra de ativos, que podem pertencer a empresas, fundos de investimentos ou investimentos imobiliários.
Aqui, o investidor compra o recebível, ou parte dele, por um preço menor do que ele vale na data estipulada para o recebimento.
Assim, o comprador pode aguardar o vencimento do ativo, obtendo lucro com isso.
Plataformas como a PeerBr, por exemplo, disponibilizam recebíveis de empresas e cotas de consórcios que apresentam rentabilidades muito boas.
Venture Capital
O Venture Capital é um tipo de investimento que possibilita que empresas com alto potencial de crescimento acelerem o seu desenvolvimento.
Com isso, os investidores recebem títulos de dívida que, após certo período, podem ser convertidos em ações da empresa, dando ao investidor direito a parte dos lucros.
Outra característica bem interessante desta modalidade é que, caso a empresa cresça e seja vendida para outra maior, o investidor recebe o valor proporcional a sua participação, o que, em alguns casos, pode equivaler a 10 vezes o valor investido.
Colecionáveis
Os colecionáveis são um tipo de ativo que não possui ligação com outros disponíveis no mercado financeiro.
Uma característica dos colecionáveis é que, para investir, é necessário possuir conhecimento sobre o item escolhido.
Assim, se você entende de vinhos, por exemplo, pode pensar em colecionar vinhos raros. O mesmo ocorre com selos, moedas, enfim, todo o tipo de objeto que pode ser colecionado e que desperta interesse de um grupo de pessoas.
Neste tipo de investimento, os custos e os riscos envolvidos podem ser altos. Além disso, no período entre a compra e a venda do item, você não recebe dividendos. O lucro se dá quando há a venda do objeto, já valorizado com o tempo.
Portanto, apesar de oferecer um bom retorno, é recomendável que você já tenha experiência no assunto.
Private Equity
O Private Equity funciona de forma parecida ao Venture Capital. O que diferencia as duas operações é, basicamente, o tamanho da empresa a ser negociada.
Empresas que passam por um Private Equity são mais robustas, mas ainda não chegaram ao ponto de realizar um IPO, ou seja, não possuem ações listadas em bolsa.
Assim como ocorre no Venture Capital, o investidor em Private Equity pode receber parte dos lucros do negócio, ou mesmo negociar sua participação na empresa.
Criptomoedas
A partir da criação do Bitcoin, primeira criptomoeda criada, surgiram milhares de outras moedas digitais.
Uma característica das criptomoedas é a descentralização, pelo fato de não serem, em sua maioria, reguladas por nenhuma instituição financeira ou governo.
Com isso, o investidor encontra maior liberdade para transacionar o seu dinheiro da forma que desejar.
Apesar do grande potencial de valorização apresentado por muitas delas, as criptomoedas apresentam uma grande volatilidade, exigindo do investidor um perfil com apetite maior ao risco.
Quais as vantagens de se investir em ativos alternativos?
Investir em ativos alternativos pode sim ter algumas vantagens, desde que se conheça minimamente o projeto no qual pretende aportar.
Além de oferecerem um retorno maior que os ativos tradicionais, possuem uma previsibilidade maior.
Isso porque muitos dos ativos possuem características parecidas com produtos de renda fixa pré-fixados, sendo possível prever seu retorno no momento da compra.
O fato de não estarem correlacionados ao mercado também é uma grande vantagem. Isso faz com que não sofram oscilações provocada por eventos econômicos.
A tecnologia trouxe ao investidor comum o acesso a ativos que antes era restrito a investidores institucionais. Hoje, através das plataformas de investimentos, você tem uma gama de opções de investimento que exigem auditoria especializada e valor unitário muito alto.
Toda a avalição do ativo e a parte burocrática é feita por especialista das próprias plataformas. Além disso, o investidor encontra nelas todas as informações que precisa para a tomada de decisão entre investir ou não.
A questão da diversificação da carteira de investimentos que esses ativos proporcionam é outra grande vantagem.
Ao contrário do que muitos pensam, apesar da ausência de correlação com o mercado, não é necessário que você escolha entre se concentrar em ativos alternativos ou tradicionais.
Desde que você saiba como funciona a lógica em ambos os tipos de mercados, os dois podem se complementar. E a proporção que cada um ocupará na sua carteira pode variar de acordo com o conhecimento que você possui e a preferência por determinados tipos de ativos.
Como investir em ativos alternativos?
Como você já viu, os ativos alternativos são negociados por meio de plataformas especializadas.
Algumas delas oferecem vários tipos de ativos, enquanto outras se concentram em um ou dois.
Abaixo, você encontra uma pequena relação de algumas plataformas, classificadas de acordo com o ativo que oferecem:
- Empréstimo Peer-to-Peer: Nexoos, Ulend;
- Criptomoedas: Binance;
- Recebíveis: Bloxs, PeerBr;
- Equity Crowdfunding: Immo Invest, Kria;
- Ativos judiciais: Bloxs, PeerBr;
- Precatórios: Bloxs, PeerBr;
- Cotas de Consórcio: PeerBr.
Conclusão
O investidor que busca aumentar a rentabilidade de sua carteira de investimentos deve olhar com atenção para os ativos alternativos.
Não é à toa que o interesse nessa classe de ativos só vem aumentando. E você precisa estar preparado para aproveitar as oportunidades que esse mercado oferece.
Portanto, procure aumentar seu conhecimento sobre os ativos alternativos, seja por meio de livros ou deste blog.
Aqui, você encontra conteúdos diários sobre tudo o que envolve investimentos alternativos. E melhor, você aprende gratuitamente.
Aproveite e explore mais este blog agora mesmo.
Até a próxima e bons investimentos!
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