Atualmente, o Bitcoin tem ganho destaque nas manchetes, principalmente devido a seu momento atual de baixa. Mas investidores mais atentos estão de olho em outro assunto: o próximo halving.
Halving é o processo no qual a emissão de novos Bitcoins é cortada pela metade, ocorrendo a cada 4 anos em média, no qual 210 mil blocos são minerados.
No momento em que este artigo é escrito, passamos um pouco da metade de um ciclo de halving. Isso porque, em 5 de maio de 2022, foi minerado o bloco de número 735.000 da rede Bitcoin.
Isso significa que foram minerados 105 mil blocos após o último halving, que ocorreu em 2020. Quando o ciclo se completar, em maio de 2024, a emissão de BTC por bloco será cortada novamente pela metade, indo para 3,125 BTC por bloco.
Ficou confuso?
Então leia este artigo até o final e entenda por que é importante o investidor saber como funciona o halving.
Como funcionam os ciclos de halving?
Como você pôde ver na introdução, os ciclos de halving do Bitcoin ocorrem a cada quatro anos. Os períodos entre um halving e outro são chamados de época do halving.
A Época 1 ocorreu entre 2009 e 2012, seguida pela Época 2, ocorrida entre 2012 e 2016, Época 3, de 2016 a 2020, e a Época atual, na qual estamos atualmente.
Neste momento, já foram minerados mais de 19 milhões de BTC, de um total de 21 milhões que existirão.
Isso significa que mais de 90% da oferta total de Bitcoin já está no mercado.
É importante que você entenda que, a cada ciclo, a oferta de Bitcoin aumenta, mas com uma velocidade de emissão menor.
A estimativa é que o Bitcoin passe por 33 ciclos de halving, e que em 2140 todas as moedas sejam mineradas.
No ciclo atual, a oferta de novos Bitcoins é de 1,8% ao ano. Já a partir da Época 5, essa oferta cairá para 0,8%, e continuará diminuindo a cada ciclo.
Mas por que isso é importante?
É que a cada ciclo de halving, o preço do Bitcoin é afetado. Historicamente, o halving sempre provocou períodos de alta valorização.
Apesar de termos passado por apenas três ciclos de halving, sendo, portanto, uma amostragem pequena, é possível observar um padrão no que ocorre com o preço da moeda.
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O impacto dos ciclos de halving
Embora possamos observar um certo padrão quanto a valorização do Bitcoin nos ciclos de halving, cada um deles apresenta particularidades.
Na Época 1, por exemplo, a moeda era pouco conhecida. Por isso, o halving não gerou valorização em termos absolutos, apesar da apresentar altas percentuais na casa dos três dígitos.
Já nas épocas seguintes, o Bitcoin valorizou 100 vezes (Época 2), 30 vezes (Época 3), e apresenta uma valorização de sete vezes na Época 4.
Portanto, pode-se observar que, apesar da valorização continuar ocorrendo, ela vem sendo cada vez menor.
Isso se explica pelo tamanho que o mercado vem atingindo, e seu grau de maturidade. Pois, assim como ocorre com outros mercados, torna-se muito mais difícil crescer quando já se é grande.
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Como foi o desempenho do Bitcoin em cada época
Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais sobre as particularidades de cada ciclo de halving.
Porém, deixaremos de lado a Época 1, por se tratar de um ciclo onde a criptomoeda era conhecida apenas por alguns cypherpunks, não tendo um preço de mercado em boa parte deste período.
Época 2
Em julho de 2012, o Bitcoin passa pelo seu primeiro halving, tendo o volume de emissão de Bitcoins por bloco reduzido de 50 para 25.
Com isso, no ano seguinte, a moeda saiu de US$ 100 para quase US$ 1.200.
Mas é importante dizer que, em 2014, o Bitcoin passa por uma forte correção, desvalorizando mais de 80%.
Pouco antes do segundo halving, em 2016, o Bitcoin chega a valer US$ 240.
Época 3
Assim como ocorreu no início do período anterior, o segundo halving, ocorrido em julho de 2016, fez com que a emissão de BTC por bloco passasse de 25 para 12,5.
Neste mesmo ano, o Bitcoin passa por uma alta de 375%, saindo de US$ 240 e passando a valer US$ 900.
No ano seguinte, mais precisamente no segundo semestre, o BTC passa por mais um forte período de valorização, alcançando sua alta histórica (até o momento), chegando a US$ 20.000.
Apesar disso, o ano seguinte é marcado por mais uma desvalorização, atingindo mínimas de US$ 3.000.
Época 4
O terceiro halving ocorreu em maio de 2020, fazendo com que a emissão de Bitcoins por bloco passasse de 12,5 para 6,25. Porém, uma peculiaridade deste ciclo foi a sua ocorrência durante o período da pandemia de Covid-19.
Para conter a crise causada pela doença, os governos passaram a imprimir mais dinheiro e colocar no mercado.
Neste mesmo período, investidores institucionais passaram a apostar no Bitcoin como reserva de valor, como é o caso da Tesla.
Com tudo isso, o Bitcoin saiu de US$ 3.200 a altas históricas de quase US$ 70 mil.
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Por que isso tudo é importante?
O halving é algo que traz grandes valorizações para o Bitcoin. E apesar da correção ocorrida após cada evento, o Bitcoin sempre termina o ciclo mais valorizado que no ciclo anterior.
No momento atual, o Bitcoin já pertence a uma classe global de ativos. Por esse motivo, é pouco provável que passe por colapsos como os ocorridos na Época 2 e na Época 3.
Com a credibilidade da moeda aumentando cada vez mais, e a pouco mais da metade do caminho para o próximo halving, é importante que você busque aprender cada vez mais sobre a moeda.
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Até a próxima e bons investimentos!
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