Um iniciante no mundo dos investimentos pode não conhecer muito sobre os produtos financeiros disponíveis no mercado, e como funciona uma carteira de investimentos.
Com isso, foca em um ou dois produtos menos complexos para aplicar seu dinheiro e, à medida que vai adquirindo experiência, aumenta sua gama de produtos.
Porém, o ideal é se tenha noção sobre como montar e gerir uma carteira de investimentos desde o início.
Quanto antes o investidor tiver contato com temas como diversificação e objetivos de investimento, melhores serão seus resultados.
Neste artigo, você verá o que é importante para montar uma carteira vencedora. Confira!
O que é uma carteira de investimentos?
Uma carteira de investimento é, em resumo, o conjunto de ativos nos quais uma pessoa investe.
O tipo de aplicação pode variar bastante, podendo incluir ativos de renda fixa, como CDBs e títulos públicos, de renda variável como ações e fundos imobiliários, e até mesmo investimentos considerados alternativos, como recebíveis e equity de startups.
Uma coisa interessante sobre a composição de uma carteira é que não existe uma fórmula que se aplique a todos os investidores.
O que funciona perfeitamente para um, pode não ser adequado para outro.
Isso acontece porque as pessoas possuem perfis distintos no que diz respeito a tolerância a risco, disponibilidade financeira e objetivos para o dinheiro investido.
Por isso, o que conta mesmo é se a carteira está entregando a rentabilidade que o investidor espera em um determinado prazo, e se ela se adequa ao seu perfil de risco.
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Por que é importante montar uma carteira
A partir do que foi exposto acima, você já deve ter uma ideia da importância de montar uma carteira de investimentos. Mas pode ser que ainda possa estar se perguntando por que dedicar seu tempo na sua elaboração.
Um dos principais motivos é garantir que seus investimentos estejam protegidos da volatilidade do mercado. E Essa proteção é conseguida através da diversificação de suas aplicações financeiras.
Para termos uma ideia maior da importância da diversificação, imaginemos o seguinte cenário:
Você é um investidor conservador, e opta por aplicar todo o seu capital em um produto de renda fixa. Apesar da facilidade de análise oferecida pelo produto, e sua menor volatilidade, pode ser que sua rentabilidade seja muito baixa.
Isso acontece com muitos produtos financeiros, oferecendo retornos, muitas vezes, menores que a inflação.
Com isso, no longo prazo, você perderá dinheiro.
Agora imagine que, ao invés de aportar tudo em apenas um produto de renda fixa, você divide o montante entre dois produtos de renda fixa e dois de renda variável.
É provável que seus rendimentos, em média, gerem maiores resultados que na primeira opção.
Apesar da importância de se ter uma carteira balanceada, a escolha do tipo e de quais ativos estará nela deve obedecer ao seu perfil de risco.
Não adianta ter uma carteira perfeitamente balanceada entre renda fixa e renda variável, e entrar em pânico a cada queda brusca do mercado.
O pânico é um dos piores inimigos do investidor. Ele faz com que este tome decisões erradas e, consequentemente, perca dinheiro no longo prazo.
Porém, é importante escolher uma quantidade de ativos que você consiga gerenciar. Uma pulverização excessiva pode dificultar o acompanhamento de todas as informações sobre seus investimentos.
Lembre-se que o principal objetivo da diversificação é compensar possíveis perdas sofridas em um investimento com os ganhos gerados por outros.
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Como montar uma carteira de investimentos?
Para criar uma carteira de investimentos vencedora, você precisa ter consciência sobre a sua realidade financeira atual, seu objetivo com o dinheiro e sua fase de vida.
Caso você já invista, siga os passos abaixo e monte sua carteira de investimentos. Mas se você ainda não tem economias guardadas, não tem problema. Quando começar a investir, já saberá o que fazer.
Descubra seu perfil de investimento
Nesta etapa, muito importante por sinal, você irá fazer uma autoanálise, com o objetivo de descobrir seu perfil de investimento. Isso evitará que você cometa muitos erros, dando a você mais tranquilidade e confiança em suas decisões.
Se você se considera, por exemplo, alguém que não tolera perdas em nome de uma rentabilidade maior no futuro, isso pode ser uma pista de que você possa ter um perfil mais conservador.
Por outro lado, se você tem um apetite para maior para riscos, pode ser que se enquadre em um perfil agressivo de investidor.
As plataformas de investimentos possuem testes nos quais, respondendo a algumas perguntas, você consegue ter uma ideia melhor sobre seu perfil.
O importante é que você não deixe de descobrir seu perfil de investidor, pois é baseado nele que você definirá a distribuição da sua carteira.
Os três perfis de investimento são:
- Conservadores: com baixa tolerância a risco e que priorizam a liquidez;
- Moderados: suportam algum risco em sua carteira e têm como objetivo a proteção de seu capital no longo prazo;
- Agressivos: Aceitam perdas momentâneas, desde que enxerguem possibilidades de ganhos maiores em um prazo maior.
Os perfis de investimentos não são fixos, podendo se alterar ao longo do tempo, de acordo com a experiência e o momento de vida do investidor.
Tenha objetivos para o dinheiro investido
O ideal é que você possua objetivos de curto, médio e longo prazo para cada parte de seus investimentos, alinhados aos seus objetivos de vida.
Isso também ajuda na escolha dos ativos.
A divisão da carteira de investimento de acordo com o prazo que pretende utilizar os recursos fica mais ou menos assim:
- Objetivos de curto prazo: aplicações de até um ano, com liquidez diária e possibilidade de resgate a qualquer momento;
- Objetivos de médio prazo: aplicações com prazos de vencimento de um a cinco anos. Os produtos podem apresentar um risco um pouco maior, além de um pouco mais de volatilidade;
- Objetivos de longo prazo: aplicações com prazos de vencimento superiores a cinco anos. Neles, o investidor pode se expor a ativos de maior volatilidade, pois as possibilidades de ganhos no longo prazo são maiores.
Inclua reserva de emergência e previdência na carteira
Dois objetivos financeiros que precisam estar presentes em sua carteira são a aposentadoria e a reserva de emergência.
A reserva de emergência, como o próprio nome sugere, é uma economia realizada com o objetivo de proteger o investidor em caso de queda na renda mensal.
Ao longo da vida, é possível que encaremos períodos de desemprego ou aumento repentino (e inevitável) nos gastos mensais. Para passar por esses momentos, é recomendável que você disponha de uma reserva que equivalha de três a doze meses de seus gastos mensais.
Com a idade, enfrentamos a queda de produtividade e o aumento do preço dos gastos com saúde. Muitas pessoas, erroneamente, acreditam que gastarão menos na velhice, e que a aposentadoria do INSS será suficiente para cobrir todas suas despesas.
É importante que você direcione parte de sua carteira à aposentadoria, podendo ser feita diretamente por você, ou por meio da contratação de um fundo de previdência.
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Escolha bem os ativos
A partir das informações reunidas nas etapas anteriores, você conseguirá fazer uma escolha mais precisa dos ativos que farão parte da sua carteira.
Isso porque, conhecendo o grau de risco que está disposto a correr, seus objetivos e a tendo a tranquilidade de uma reserva financeira e previdência, você poderá se decidir melhor entre as várias opções de renda fixa e variável.
Conclusão
Seja qual for o seu objetivo como investidor, é importante que monte sua carteira de forma correta e, de tempos em tempos, faça seu rebalanceamento.
Isso é importante pois, com o passar do tempo, os rendimentos de cada tipo de ativo podem crescer de forma fujam um pouco da estratégia definida por você.
Além disso, procure conhecer mais sobre formas alternativas de investimentos, como as criptomoedas, por exemplo.
Até a próxima e bons investimentos!
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